Como paraense, posso dizer que esses “meninos” da moda causaram uma interessante mudança de comportamento no consumo fashion em um mercado tradicionalista e difícil que é o da cidade de Belém. As pessoas, que antes compravam apenas grandes marcas, passaram a prestigiar os designers locais.
Algumas marcas trabalham referências da cultura amazônica, outras não se apegam ao regionalismo e seguem em uma linguagem mais contemporânea.  Há também um criativo segmento de moda praia, apesar das praias não serem exatamente na cidade de Belém,  e na sua maioria, de água doce.
Muitas marcas reproduzem referências de moda, o que acredito não ser uma característica apenas daquela região do país. Nesse universo, destacam-se alguns nomes que desenvolvem uma linguagem autêntica de moda autoral, como Bruno Muniz, que desfila também no evento Oi Futuro, no Rio de Janeiro. Destaque ainda para "Mucha", grife de Paloma Pamplona que trabalha uma linguagem de moda criativa, antenada e muito bem executada, que e já foi convidada a vender na Casa Mauro Freire, em São Paulo. Mas a produção ainda depende de toda uma cadeia produtiva que envolve, costureiras, modelistas, bordadeiras, que ainda está em fomentação.